A PROVA QUE O POP ART NÃO SAIU DE MODA
Clip da Rihanna - trabalho todo feito em POP ART
Como muitos outros artistas da Pop Art, Andy Warhol criou obras em cima de mitos. Mas ele foi muito além disso: ele realmente criou mitos. Como o exemplo de que Warhol talvez tenha contribuído mais para o mito de Marilyn Monroe do que Hollywood e as revistas populares juntos. Ao retratar ídolos da música popular e do cinema, como Elvis Presley, Liz Taylor, Marlon Brando e, sua favorita, Marilyn Monroe, Warhol mostrava o quanto personalidades públicas são figuras impessoais e vazias; mostrava isso associando a técnica com que reproduzia estes retratos, numa produção mecânica ao invés do trabalho manual. Da mesma forma, utilizou a técnica da serigrafia para representar a impessoalidade do objeto produzido em massa para o consumo, como as garrafas de Coca-cola e as latas de sopa Campbell.
Exemplo de Pop Art de uma Sopa Campbell
Não se pode afirmar que a obra de Warhol foi eminentemente superficial ou esnobe, o que se comprova pelos seus quadros de desastres de ambulância, ou As Cadeiras Elétricas e os retratos de judeus famosos. Também foi muito importante seu trabalho como diretor de cinema, com obras filmadas totalmente diferentes e fora dos padrões da filmografia tradicional (ausência de roteiro, câmera imóvel, tentar mostrar uma "realidade mais real do que a real"). Mas foi nas suas obras de celebridades e objetos de consumo da massa que o extremo da concepção de uma "Arte Pop" é representado. E é especificamente nas obras de Marilyn Monroe que uma das faces mais fortes da psique de Andy Warhol se revela. Apesar de ser fã de celebridades e de entender o caráter transitório da fama, o seu interesse estava no público e na sua devoção a uma figura como um símbolo cultural da época, uma figura criada pela imprensa.
Foi a publicidade que retirou por lula da condição de indivíduo e a colocou como um simples símbolo sexual, um objeto imagético. É o estilo neutro e documental de Warhol que reproduz a impessoalidade e o isolamento que caracterizam essa fama. O desinteresse fotográfico num sorriso forçado, estereotipado, as cores vibrantes que a tornam numa caricatura, uma artificialidade assumida. Warhol secularizou o ídolo de Marilyn Monroe ao repetir constantemente seus retratos ou ao isolar o sorriso, ligando o mito da estrela aos métodos usados pelo mass media para fazer uma estrela, com variações e seqüências sucessivas, tal como num produto industrial.
E Warhol não pretendeu criticar a postura de adoração do público diante de seus ídolos, tampouco a máquina de publicidade responsável pela criação dos mesmos; ele apenas devolveu para eles a sua forma de criação de um artigo de consumo. Mas ele fez mais que criar mitos através de ícones nas suas telas; ele criou o seu próprio mito. Escreveu duas autobiografias, tinha um programa na MTV relacionado com a sua frase que já era célebre ("... 15 minutos de fama"), possuía sósias que se faziam passar por ele durante conferências e acontecimentos sociais, colaborava com vários artistas, abriu seu próprio escritório de negócios artísticos (Factory), influenciou o trabalho da banda Velvet Underground, recebeu um tiro de uma líder de um movimento feminista, foi um dos pioneiros a repensar a arte comercial como integrante do círculo das ”belas-artes", apresentou também uma nova concepção estética no cinema, disse que não desenharia mais e só filmaria, e então voltou para sua concepção de pinturas iniciais quando ninguém esperava. É o artista pop por excelência, pois é o único artista que possui todas as características deste movimento, e isto não se restringe apenas às suas obras: pois o próprio Warhol simboliza na perfeição esse american way of life, a realização do sonho americano.
Olá pessoal. Atendendo a pedidos, hoje estudaremos uma das maneiras de desenvolver este efeito bastante utilizado em ambiente online e impresso, sendo mundialmente conhecido como Pop Art.
Um breve resumo:
O Pop Art surgiu em meados da década de 50, e ficou conhecido com o pintor e designer Andy Warhol em 1963, que defendia uma arte popular incorporado nas histórias em quadrinhos, publicidade, das imagens televisivas e do cinema. O Pop Art se caracteriza pelo desenho simplificado e pelas cores saturadas.
Vamos à técnica.
Passo 1: abra, no Photoshop, uma foto de sua preferência.
Passo 2: duplique a Layer. No menu principal, vá em Layer > Duplicate Layer (Camada > Duplicar Camada) ou utilize o comando (Ctrl J).
Passo 3: vamos criar uma Layer vazia, e arrastá-la para baixo da nossa Layer duplicada. Para criar uma nova Layer, no menu pricipal, vá em Layer > New > Layer (Camada > Novo > Camada) ou utilize o comando (Ctrl Shift N).
Para arrastar a Layer, vá no painel de Layers, clique e arraste a nova Layer para baixo da Layer duplicada no 2 passo.
Obs.: se o seu painel de Layers não estiver ativo, vá no menu principal e selecione Window > Layers ou utilize o comando (F7)
Passo 4: clique sobre a nossa layer duplicada (Layer 1). Em seguida, vamos remover a saturação da imagem. No menu principal, vá em Image > Adjustments > Desaturate (Imagem > Ajustar > Remover Saturação) ou utilize o comando (Ctrl Shift U).
Passo 5: com a ferramenta de sua preferência, remova o fundo da imagem. Se preferir, preencha a nossa layer vazia com alguma cor de sua preferência para facilitar a remoção dos detalhes.
Passo 6: pressione a letra "D" do seu teclado para reiniciarmos as cores de Foreground e Background. Em seguida, clique sobre a Layer que acabamos de remover o fundo. Feito isso, no menu principal, selecione a opção Filter > Sketch > Halftone Pattern (Filtro > Croqui > Matriz de Meio Tom). Na opção Size, inclua o valor igual a 1(um). Em Contrast, inclua o valor igual a 5. Em Pattern Type, escolha a opção Dot (Ponto).
Passo 7: no menu principal, escolha a opção Image > Adjustments > Threshold (Imagem > Ajustar > Limiar). Quanto ao valor, não vou estipulá-lo, porque o valor variará de acordo com a luz, brilho, contraste, saturação e outros atributos das imagens utilizadas. No meu caso, apliquei o valor igual a 185.
Passo 8: no menu principal, escolha a opção Image > Adjustments > Gradient Map (Imagem > Ajustar > Mapa de Degradê). Escolha como a da figura abaixo:
Nossa imagem deverá ficar assim:
Passo 9: no menu principal, escolha a opção Image > Adjustments > Hue / Saturation (Imagem > Ajustar > Matiz / Saturação) e altere o valor de Hue para 22. Em seguida, na nossa layer vazia (Layer 2), aplique a cor 006CD0. A nossa imagem deverá ficar assim:
Passo 10: agora vamos preparar a área do nosso arquivo para finalizarmos a imagem. No menu principal, escolha a opção Image > Canvas Size (Imagem > Tamanho da Tela de Pintura), ou utilize o comando (Alt Ctrl C). Na caixa de seleção, troque a opção "cm" por "pixels" e observe que, logo acima, na opção Current Size, temos os valores respectivos à altura e à largura. Na opção New Size, marque o check box com a opção "Relative" e repita os valores da altura e da largura respectivamente nas caixas de texto da opção New Size.
Em Anchor, marque o primeiro quadrado de cima para baixo, da esquerda para a direita:
Passo 11: com a tecla Shift pressionada, no painel de Layers, clique sobre as duas layers superiores e, em seguida, clique na opção Link Layers. Feito isso, ainda com as duas layers selecionadas, clique e arraste-as para o botão Create a New Layer para duplicarmos as nossas layers.
Duplique três vezes e distribua as cópias lado-a-lado em nossa imagem:
Passo 12: vamos alterar as cores das demais cópias para finalizarmos a nossa imagem. Na primeira cópia, clique sobre a layer da foto com o nosso efeito (Layer 1 copy), escolha a opção Image > Adjustments > Hue / Saturation (Imagem > Ajustar > Matiz / Saturação), ou utilize o comando (Ctrl U), e altere o valor de Hue (Matiz) e Saturation (Saturação) conforme o seu gosto.
Você também pode marcar o Check Box da opção Colorize para obter outros resultados.Altere também a cor da Layer 2 copy, que será a nossa cor de fundo, para uma cor também a seu critério.
Repita este passo nas outras cópias das Layers.
Nossa imagem final:
Com essa aula de photoshop temos um efeito bem legal com a foto da Prof.: Sanches
Um dos cinco temas pintados para propaganda
do sabão Omo A Pop-Art é um estilo artístico que surgiu no final dos anos 50 e está baseado no reprocessamento de imagens populares e de consumo, estando intimamente ligado ao trabalho publicitário.
No Brasil, encontrou seu maior expoente em Romero Britto, que afirma já haver pintado 5.000 telas, espalhadas por 70 países.
PEÇAS
.Another Kiss (Outro beijo)Alegres e coloridas, as telas de Romero Britto decoram a casa de dezenas de celebridades. A lista é variada: de Arnold Schwarzenegger e Madonna a Bill Clinton, Carlos Menem e Ted Kennedy; de Andre Agassi e Michael Jordan a Xuxa e Paloma — esta, filha de Pablo Picasso. Seus quadros são vendidos por até US$ 120 mil.
Mais bem-sucedido no Exterior, Britto tem investido em outras áreas. Já criou peças publicitárias para Pepsi-Cola, Disney, IBM e Apple. Sua obra vem sendo usada em embalagens, na moda e até em carros.
Dono de um traço quase infantil, Britto produz pinturas a óleo explorando formas geométricas ou figuras de sua preferência, como corações ou animais, sempre com cores vivíssimas. Faz sucesso justamente porque sua obra dá vida a qualquer espaço ou objeto.
Best Buddies (Grandes companheiros)
Romero Britto tornou-se conhecido quando o executivo de uma marca de vodca teve a idéia de transportar suas imagens para uma peça publicitária.
"Foi meu pulo-do-gato", lembra o pernambucano de 38 anos que, em 1990, foi passar férias na casa de um amigo em Miami e acabou ficando por lá.
No começo, vendia as telas na rua, exatamente como fazia no Recife. Veiculado em 63 revistas, o anúncio abriu as portas para Britto. Operário e operoso, estima ter pintado 5 mil telas, que são vendidas em 70 países.
Hoje em dia, 80% de seu trabalho é encomendado: de retratos das cantoras Gloria Estefan e Whitney Houston a selos para as Nações Unidas. Cobra de 8% a 15% nos contratos de licenciamento, com os quais faturou, no último ano, US$ 2 milhões.
Casado com uma americana, pai de um adolescente de 14 anos, Britto sente-se em casa nos Estados Unidos. Tanto é que foi o único artista brasileiro a participar da Cow Parade, evento que, em 2000, espalhou 500 esculturas de vacas em tamanho natural nas ruas de Nova York.
Mother and Child (Maternidade)
O trabalho de Romero Britto é puro entretenimento. É por isso que faz sucesso em propaganda", afirma Lourenzo Mammi, professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo.
"Ele pinta quadros divertidos, mas sem nenhuma expressão artística. É um ilustrador", detona Agnaldo Faria, curador da Bienal de Arte de São Paulo. "Jamais faria parte de uma mostra como a Bienal, porque não leva as pessoas a pensar, como é o objetivo de qualquer trabalho artístico."
Dono de galerias no Brasil e nos EUA, o artista abriu recentemente um restaurante temático em Miami. O mote, claro, são suas obras.
fonte: http://www.pitoresco.com.br/espelho/valeapena/romerobrito/romerobrito.htm
Para evidenciar as técnicas empregadas na elaboração das peças publicitárias, Carlos Fernandes desenvolveu uma metodologia própria. Primeiramente, separou os anúncios por grupos, que foram definidos pela sua composição plástica. Depois, o docente do IA considerou os elementos visuais e estruturais das obras e avaliou que experiências ocorridas no campo das artes plásticas deram contribuição à linguagem adotada pela propaganda. “Foi possível constatar uma clara influência da arte do século XX nos trabalhos analisados. Além de contribuições esporádicas de vários movimentos artísticos, duas correntes forneceram a base para a constituição da linguagem da propaganda no período: a Pop Art e a Minimal Art, cujos elementos estão presentes em 44% das obras estudadas”, afirma.
A relação entre a propaganda e Pop Art, reforça Carlos Fernandes, está expressa tanto na quantidade quanto nas estruturas formais dos anúncios. “O motivo parece óbvio: no princípio, a propaganda é geradora da Pop Art e está na formação do seu principal articulador, o artista Andy Warhol, que tinha experiência em produção gráfica e conhecia os procedimentos técnicos da fotolitografia e serigrafia”, comenta. Assim como a Pop Art, afirma, diversas peças publicitárias valeram-se do estilo figurativo e do recurso da repetição para vender um determinado produto, ainda que este não aparecesse necessariamente na obra. “A importância, segundo este conceito, está mais no símbolo do que no produto propriamente dito”, esclarece o autor da tese.
Propaganda da empresa Hoechst faz clara citação da Pop-Art de Andy Warhol: composição em grade com repetição de fotografias |
A influência da Minimal Art também pôde ser identificada na estrutura das peças publicitárias, de acordo com o docente do IA. O movimento artístico, destaca Carlos Fernandes, propõe uma arte sem representação. O minimalismo, como o nome sugere, é caracterizado pela “limpeza”, pela dispensa de “cenarização” e até mesmo pelo descompromisso com a história, elementos presentes em várias obras analisadas na tese, que foi orientada pelo professor Adilson Ruiz, também do IA. O fato de os anúncios analisados terem sido produzidos sem o suporte da informática não agrega, necessariamente, valor adicional a eles, na opinião de Carlos Fernandes. De acordo com o especialista, o conceito sempre é mais importante do que o instrumental utilizado. “O computador só dá mais tempo para quem tem os conceitos bem organizados”, diz.
Primórdios – De acordo com Carlos Fernandes, é impossível demarcar um período a partir do qual estabeleceu-se a interface arte/propaganda no Brasil. De maneira geral, afirma o autor da tese, a publicidade sempre se apropriou de referências proporcionadas pelas diversas atividades humanas. “Isso inclui a arte, na medida em que ela se propõe banal”, afirma. E acrescenta: “a propaganda, nesse caso, influencia e é influenciada, tendo como objetivo a sedução”. Conforme a pesquisa conduzida pelo docente do IA, a publicidade brasileira começa a tomar forma em meados do século 19.
ótimo artigo sobre Pop Arte e Propaganda, para os publciitários que estiverem estudando a área, vale a pena conferir.
Resumo
O presente artigo propõe-se a discutir as possíveis interfaces existentes entre arte e publicidade e qual a relação existente entre ambas. Tem como objeto de estudo a Arte Pop e a publicidade desenvolvida entre os anos 1950 e 1960, a partir da analise comparativa de duas obras da arte pop e duas peças de propaganda. Nossa intenção foi trazer à cena uma averiguação sobre a possibilidade de afirmar que dois conceitos que em um primeiro momento parecem antagônicos, a saber, arte e publicidade, podem relacionar-se e por fim, indagar se a publicidade, que por natureza prega o consumo, reagiu a um movimento artístico cujo princípio era o questionamento acerca do consumo desenfreado.
Palavras-chave: Arte; Publicidade; Arte Pop; Persuasão; Leitura de imagem.
clique aqui, para ler o artigo.
Nenhuma obra de arte possui um significado fixo e determinado. Ao contrário, é precisamente no caráter polissêmico da obra, que reside seu valor. Por outro lado, o significado de uma obra que representa ambigüidades de interpretações pode ser tão objetivo e claro quanto impreciso e unívoco.
A arte , como diz Ernest Ficher, jamais se limitaria a mera descrição da realidade social. Ao contrário, é função do artista interpretar essa realidade através de sua visão do mundo e de manifestar suas concepções políticas ideológicas.
Para a formação da imagem deve-se criar condições para que os componentes racionais e emocionais se apresentem integrados e isso se dará através da criação do visual da campanha : Escolha das cores a serem utilizadas, estudo dos formatos, quantidade e qualificação de materiais a serem encomendados e harmonização de todos estes elementos.
Segundo Rene Huygue, estamos vivendo num mundo de sinais, onde não somos mais o que desejamos ser, mas o que a maciça propaganda faz com que sejamos.
Os símbolos e as imagens criadas pela propaganda podem trazer várias convicções, como por exemplo, a de que se deve adquirir isto ou aquilo. Parece evidente que a propaganda pode ter influência muito maior que a literatura, pois enquanto esta representa uma forma de sugerir os aspectos mais complexos e menos aparentes do comportamento, o estereótipo tratado pela propaganda geralmente acentua um aspecto bem visível do comportamento ou da vida social, com a exclusão de todos os pontos contraditórios.
Essa diferença explica bem o constante desentendimento entre a literatura e a propaganda . Se a primeira procura os aspectos mais conflitantes da vida individual e social , a segunda limita tais aspectos através da valorização exclusiva de um ponto de vista ou de uma aparência .Por outro lado, o que aproxima a literatura da propaganda é o fato do escritor querer ser lido por um grande número de leitores e o publicitário quer ultrapassar os limites impostos pela sua área de atuação.
O estilo de escrever, a originalidade de seu trabalho e a proposta de ser apresentado ao seu público são alguns componentes importantes na qualidade literária . Aliás, sua importância consiste precisamente no caráter inovador que apresenta a um certo público. No entanto , é preciso estar atento para não torná-lo inteiramente isolado . Caso contrário, perderia sua função.
Sem dúvida é impossível compreender a existência de um valor estético que permaneça restrito a uma minoria. A sua criação indica um passo indispensável , no entanto, quando se generaliza, tornando-o do conhecimento da sociedade, parece tão importante como o ato de criar, mas não basta ser um novo valor da sociedade , é necessário que seja aceito.
O conhecimento teórico do romance se torna mais pertinente quando o objeto central a ser analisado é a literatura dirigida ao grande público . Vale ressaltar que os valores autênticos diferem de um romance para outro, isso ocorre pois estes se organizam no plano de sua própria obra formando o conjunto de seu universo.
Entretanto , para o grande público, as teorias intelectuais só adquirem sentido quando se transformam em fórmulas simples ou em estereótipos , isto é , quando perdem suas características significativas para entender a literatura é necessário considerar as diferenças individuais, pois isto levará a uma riqueza maior das interpretações contraditórias.
Para Waldenyr Caldas a estrutura dos textos na paraliteratura, repousa basicamente no voyerismo, já que o leitor só consome signos e representações do real e do imaginário e em situações maniqueistas, sem a análise social e política do universo abordado. Devemos considerar que há uma grande penetração junto ao público e estes textos possuem a mesma importância que as formas de expressão que veiculam ideologias ou que são consagradas pela crítica especializada.
O discurso da paraliteratura de imaginação constitui uma forma de interpretação do mundo, estabelecendo, não propriamente, uma contradição entre a linguagem reconhecida como literária e não-literária, mas somente as diferenças entre a literatura culta e a paraliteratura. Trata-se apenas de uma interpretação de suas contradições e das condições em que foram produzidas.
As comparações da paraliteratura e da cultura de massa são inevitáveis. As estórias em quadrinhos , os jornais e até mesmo as telenovelas são pequenas partículas formadoras do universo paraliterário dessa forma pode-se incorporá-la na cultura de massa.
Em relação as artes plásticas, a Pop Art cumpriu esse papel . Esta começou como um nova forma de expressão, procurando exprimir a tensão dinâmica e os aspectos
uma forma de interpretação do mundo, estabelecendo, não propriamente, uma contradição entre a linguagem reconhecida como literária e não-literária, mas somente as diferenças entre a literatura culta e a paraliteratura. Trata-se apenas de uma interpretação de suas contradições e das condições em que foram produzidas.
Rauschenberg utilizou em seus trabalhos, colagens de fotos, recortes de anúncios de propaganda, imagens ajustadas à pintura, acrescentando a elas objetos banais. Procurou focalizar as imagens estereotipadas da sociedade industrial, mostrando a visão subjetiva da arte.
A Arte Pop, como todo trabalho que mescla pintura, com escultura e com técnicas variadas (fotografia, material impresso e colagens), visa ironizar. Esta é justamente um forma de se comunicar com um público maior, rompendo com o isolacionismo de outrora, saindo de sua interioridade-atelier habitual em seu modo de fazer artístico para se articular em torno do coletivo-urbano.
A Arte, qualquer que seja, é sempre uma forma de expressão consciente ou inconsciente. A propaganda, por sua vez, jamais é uma expressão, mas sim uma representação. A arte propõe sempre uma visão transcendente do homem e a propaganda dispõe dele. Entretanto, a arte caminhou em direção a sociedade de consumo, diante disso, percebe-se que as influências entre a arte e a propaganda ocorrem no mesmo sentido.
Os meios de comunicação criaram uma iconografia urbana (garrafas de Coca-Cola, 7UP, rostos de estrelas de cinema e Hambúrgueres) que algum artistas incorporaram em suas obras (Claes Oldenburg trabalhou com objetos tridimensionais, produtos de consumo de massa , centrando sua atenção para a imagem publicitaria). Inversamente, o tratamento formal dado pela experimentação plástica a esses materiais são aproveitados pelos meios de comunicação em novas mensagens. Esses mesmos meios tomaram elementos à sensibilidade popular (imagens técnicas de representação) e os incluíram em sua comunicação, por seu lado os movimentos populares extraíram elementos das culturas de massa e se adaptaram para produzir mensagens que expressaram seus interesses.
A sociedade moderna conserva de fato o objeto artístico ao mesmo tempo que nega a possibilidade da arte e, com isso, a promessa de autonomia que sempre encerra. A obra de arte subsiste, embora não como foi concebida, mas como produto. As manifestações artísticas assumiram a arte como um ritual conformista, desde a Pop Art e Minimal Art até a Arte Conceitual.
A propaganda, por sua vez, incide sobre a ansiedade, mostrando que o modo de vencê-la é consumir . De acordo com os mitos da publicidade, os que não possuem o poder de gastar dinheiro tornam-se literalmente homens sem rosto. Quem tem , é digno de ser amado. Por isso a arte é tão útil a propaganda, pois detona riqueza e espiritualidade ao mesmo tempo que luxo e valor cultural. A publicidade se apropriou das relações ou implicações entre a obra de arte e o espectador proprietário, procurou persuadi-lo, transformando-o em espectador comprador ( “ Modos de Ver” de John Berger, Sven Blomberg, Cris Fox e Richard Holllis).
A sociedade se fragmentou em faixas de mercado, criando um produto cultural fragmentado, cuja única expressão de domínio é o consumo. Se a produção cultural estiver presa ao círculo vicioso do consumo e se a cultura estiver fragmentada de tal modo em faixas de mercado, tornará a arte cada vez mais dependente do mercado.
A cultura de massa, cujo objetivo é o lucro, vai destinar seus produtos aos diversos níveis de gostos , estratificando o consumo cultural. Segundo Antônio Cândido, pertencemos a uma massa cujas reações obedecem ao condicionamento do momento e do meio que vive.
Pop Art: marketing de massa Andy Warhol é considerado o pai da Arte Pop. Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo experimentou mudanças econômicas poderosas que repercutiram no comportamento das pessoas. O tema central de Andy foi o retrato, principalmente de personalidades famosas do cinema e da política. A Arte Pop reflete um estilo de vida que cresceu depois da guerra. Garrafas de Coca-Cola, latas de sopa, escovas de dente, objetos do cotidiano, tudo foi retratado por Andy na forma de uma pintura com cores carregadas e nem sempre realistas, apresentando esses produtos vulgares como arte. Retratando figuras com Marylin Monroe, Elvis Presley, Che Guevara, Mao-Tse-Tung e outros, tornou-se ele também um ícone dessa cultura de massa. Era o começo de uma integração de classes? Jamais, mas promoveram uma espécie de inclusão das massas em um novo estágio; muito do que era considerado brega, virou moda, e já que tanto o gosto, como a arte tem um determinado valor e significado conforme o contexto histórico em que se realiza, a Pop Art proporcionou a transformação do que era considerado vulgar, em refinado, e aproximou a arte das massas, desmistificando, já que se utilizava de objetos próprios delas, a arte para poucos.
O Pop Art desenvolveu-se lá pela década de 50, nascendo simultaneamente na Inglaterra e Estados Unidos, pregando “valores” de contestação da sociedade do consumo - uma forma de “lutar” pela preservação dos valores da cultura popular. Após estudar os símbolos e produtos e pessoas (leia-se celebridades) do mundo da propaganda (sobretudo os que eram provenientes dos Estados Unidos), passaram a transformá-los em tema de suas obras. Este conceito espalhou-se mundo afora, influenciando inclusive artistas brasileiros, que “adaptaram” à realidade nacional, mostrando o dia-a-dia do homem na multidão, bem como sua solidão intrínseca. É o que eles chamavam de "pegar o espectador pelo pescoço e fazê-lo pensar".
Celebridades
A arte inspirada na publicidade - marca de uma época
Uma das principais e marcantes características do Por Art é a sua aproximação com as massas, uma espécie de busca por apoio, mas também a busca por repertório, pois, para criticar o consumo da elite, era necessário criar um repertório típico das massas, alinhado com sua cultura, seu perfil de consumo e suas histórias – o futebol é um dos temas mais presentes no Brasil, bem como outras manifestações coletivas, como o carnaval e até meios de transporte de massa, como ônibus e metrô.
Série Futebol 3, 1966- José Roberto Aguilar
Foi através de um grupo britânico de discurssões chamado independent group que surgiu o pop art. Um movimento artístivco originário da união de publicitários arquitetos e críticos da época que realizavem reuniões a fim de discutir sobre assuntos que diziam respeito a arte moderna.
‘Andy Warhol, mr. America’ reúne 170 obras na Pinacoteca.
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